Três meses depois do início de vigência da lei 11.705/08, a famosa Lei Seca, inúmeros motoristas continuam dirigindo embriagados. No começo, a adesão à Lei foi maior e o número de acidentes com mortes reduziu em 13,6% nas rodovias federais. Em setembro, quando a lei completou três meses, o número de mortes caiu somente 8%, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A lei que causou polêmica em todo o país por estabelecer regras rígidas de repressão aos motoristas alcoolizados parece estar sendo esquecida pela maioria dos cidadãos. Segundo a norma, um único copo de bebida pode ser o suficiente para que se ultrapasse o limite legal imposto. No discurso, motoristas dizem que concordam com as novas regras, mas na prática admitem que bebem antes de dirigir. É o que identificou uma pesquisa do InformEstado de São Paulo sobre a Lei Seca.
Na primeira pesquisa feita no estado de São Paulo, um mês depois da promulgação da lei, o instituto detectou o índice de 72,7% na categoria “totalmente a favor” da Lei Seca. Já em 14 de setembro, o porcentual de quem concorda, subiu para 77,7%. Mas, quando se trata de cumprimento da lei, a história é outra. Na pesquisa de julho, 33,1% admitiram que beberam e dirigiram depois. O índice mais recente quase dobrou: 61,8%.
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