quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Reciclagem é uma das áreas que mais gera empregos no Brasil


O lixo brasileiro é considerado um dos mais ricos do mundo e sua reciclagem é fortemente sustentada pela catação informal, feita pelos garimpeiros do lixo. Esse tipo de emprego abriga a maior parte dos postos de trabalho no Brasil, pois já são 500 mil pessoas vivendo dele, segundo um relatório divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O trabalho agora é chamado "emprego verde", título dado pela OIT para definir as atividades relacionadas à tecnologia ambiental e geralmente está relacionado à indústria, construção civil, fontes de energia renováveis, serviços, turismo e agricultura.

A pesquisa “Empregos Verdes: Trabalho Decente em um Mundo Sustentável e com Baixas Emissões de Carbono” também afirmou que nem todos os empregos com reciclagem podem ser considerados "verdes", pois alguns causam poluição. Nesse caso, se encontram os que trabalham com indústrias de papel, celulose, cimento, ferro, aço e alumínio.

A reciclagem no Brasil

No Brasil, cada pessoa gera, em média, um quilo de lixo por dia. Por ano, são produzidos 55 trilhões de quilos. Nos Estados Unidos, por exemplo, cada pessoa gera dois quilos de lixo por dia, alcançando um total anual de 190 trilhões de quilos.

Todo esse lixo produzido pelos países deve ser reciclado. Entre os principais méritos da reciclagem estão o de reduzir o volume de lixo de difícil degradação, o de contribuir para a economia de recursos naturais, o de prolongar a vida útil dos aterros sanitários, o de diminuir a poluição do solo, da água e do ar e o de evitar o desperdício, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Trata-se de um processo de transformação de materiais para reaproveitamento na indústria e na agricultura. São basicamente dois os modelos de programas de reciclagem implantados em municípios brasileiros: coleta seletiva de lixo e usinas de reciclagem.


Um estudo feito pela Unicef sobre a destinação final do lixo no Brasil, constata uma precária situação na maioria dos municípios: 88% deles não possuem conselho de meio ambiente, tido como principal instrumento de controle dos problemas ambientais. Apenas 34% das cidades têm um órgão ambiental especifico, em 25% são outras instâncias que respondem pela área ambiental e em 41% não há qualquer órgão responsável pela gestão ambiental.

Com isso, o Brasil deixa de economizar 6 Bilhões de dólares/ano por não reciclar os materiais presentes nas 200 mil toneladas de lixo gerados todos os dias. Sem contabilizar, os custos de danos ambientais e sociais.

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