Senado brasileiro gasta cerca de R$ 6 milhões em horas extras durante recesso

O Senado Federal gastou pelo menos R$ 6,2 milhões com o pagamento de horas extras para 3.883 funcionários em janeiro. Nesse mês, a Casa estava em recesso e não houve nenhuma atividade parlamentar que justificasse o recebimento de horas extras de trabalho.

Segundo representantes do Senado, a autorização do pagamento foi feita pelo então primeiro secretário da Casa, senador Efraim Morais, para que os funcionários preparassem uma única sessão, no dia 2 de fevereiro. Além da hora extra, a direção da Casa concedeu também um reajuste de 111% no benefício, que subiu de R$ 1.250 para R$ 2.641,93.

De acordo com Efraim, os termos do ofício que assinou autorizando o pagamento são estritamente legais e obedecem a critério administrativo em vigor há anos, por ser o mês de janeiro de recesso parlamentar. Já o presidente do Senado, José Sarney, considerou "um absurdo" o pagamento de hora extra a funcionários da Casa no mês de janeiro, quando não houve sessão plenária.

Todos os fatos que envolvem o pagamento de horas extras estão sendo apurados pelo advogado-geral do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello, que decidirá sobre a possibilidade de os recursos virem a ser devolvidos pelos funcionários.